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| Foto do Arquivo: Pessoal de CharlesNetto |
A 'sperança, como um fósforo inda aceso
A 'sperança, como um fósforo inda aceso,
Deixei no chão, e entardeceu no chão ileso.
A falha social do meu destino
Reconheci, como um mendigo preso.
Cada dia me traz com que 'sperar
O que dia nenhum poderá dar.
Cada dia me cansa de Esperança ...
Mas viver é sperar e se cansar.
O prometido nunca será dado
Porque no prometer cumpriu-se o fado.
O que se espera, se a esperança e gosto,
Gastou-se no esperá-lo, e está acabado.
Quanta ache vingança contra o fado
Nem deu o verso que a dissesse, e o dado
Rolou da mesa abaixo, oculta a conta.
Nem o buscou o jogador cansado.
...
Fazendo um comentário sobre uma das Poesias de Fernando Pessoa bem assim:
"Ana minha amiga sou-lhe grato pela partilha desta belíssima seleção de poesias inéditas do Poeta "Fernando Pessoa" e como já disse certo dia: "O crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo", e lhe digo que o Poema que me chama bastante atenção é o de título "A 'sperança, como um fósforo inda aceso" por todas as reflexões que nos permite fazer, ok"!
Fonte do comentário do crítico e da imagem abaixo no link a seguir:
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| Retrato de Fernando Pessoa em 1914 |
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| Fotos do arquivo pessoal de CharlesNetto |
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